“SBT não precisa viver de mentiras” ,diz fã da emissora; saiba mais


Vanessa Silva sempre foi fã do programa “Casos de Família”, apresentado por Christina Rocha no SBT. Essa semana, ela me escreveu um longo e-mail. Começa assim:

“Eu sempre assisto porque acontecem coisas engraçadas lá, como no dia em que uma moça disse que queria comprar um ‘naitebruque’ em alusão a um notebook. Ou porque aprendo coisas, como no dia em que um travesti disse que não podia ir nem no banheiro feminino nem no masculino. E me deu compaixão por essas pessoas que trocam de gênero e não têm um lugar na nossa sociedade.”



Vanessa conta que perdeu o encanto pelo programa depois de ler, aqui no blog, uma história publicada no dia 24 de janeiro: Mãe estraga casamento da filha na RedeTV! e pega 3 ex-namorados dela no SBT.

“Parte da graça ou da atração que ele exerce é ser apresentado como um programa com casos verdadeiros. Depois que li seu texto sobre a mãe e filha que foram lá e no programa do João Kleber, parece que algo se quebrou. Fico me perguntando como gente que parece gabaritada como a psicóloga Anahí D’Amico trabalha lá, ou como o programa tem patrocinadores que aceitam isso”, escreveu Vanessa.



Para piorar, no último dia de janeiro, um sábado, o SBT reprisou à noite um episódio de “Casos de Família” exibido originalmente em novembro de 2013. O tema era “Minha sogra está fazendo de tudo para acabar com o meu relacionamento”.

Conta Vanessa: “Apareceu uma mulher com olhos tão bonitos que me deu vontade de ir xeretar no Facebook. Como a mulher tinha um nome diferenciado, Helke, não foi difícil achar”.



Navegando pela página,Vanessa rapidamente constatou que Helke Régis é uma figurante profissional. Na rede social, ela cita trabalhos para inúmeros programas e emissoras – “Pânico na Band”, “Legendários” (Record, à dir.), “Casos de Família” (SBT), além de pegadinhas, entre as quais uma das mais famosas já exibidas por Silvio Santos, a do dinossauro (abaixo) que invade um escritório comercial (veja aqui, ela é a primeira “vítima”).



“Nem preciso falar que fiquei revoltada. O SBT é um bom canal de TV, o dono tem uma história incrível, não precisa viver de mentiras. Melhor que colocasse nesse horário alguma novela água com açúcar mexicana, ou maratona do Chaves, do que vender um programa como verdadeiro, quando não é”, escreve Vanessa.

Helke, com seu próprio nome, interpretou o papel da sogra no “Casos de Família” reprisado no último sábado. “No programa ela diz que tem três filhas, que a mais velha de 18 anos deu este desgosto de namorar um vagabundo e tal… Quando fui ver no Facebook dela, a tal filha não aparece em nenhuma foto, nem é amiga dela”.

Continua Vanessa: “E para minha total indignação, Helke convida em seu Facebook os amigos para vê-la na TV, não importando o fato de que ela está interpretando uma personagem enquanto existem pessoas acreditando que aquela é história da vida dela. Lamentável!”

Helke dá a sua versão

Procurada pela repórter Amanda Serra, que fez uma excelente reportagem sobre o assunto (Com cachê de até R$ 200, figurantes alimentam programas de entretenimento), Helke disse: “Não tenho nada a declarar. Qualquer coisa entre em contato com o SBT, me inscrevi pelo site”.

A reportagem de Amanda traz o depoimento de outra figurante, Maria Andréia, que revela como conseguiu participar de dois episódios do “Casos de Famílai” em menos de um ano, contando duas história totalmente diferentes. “Eu vi o escândalo que aquela figurante armou com vocês para ter o momento Geisy Arruda dela”, diz Helke. “A mesma é uma charlatã e vocês deram total credibilidade às mentiras dela”.

Procurado desde terça-feira (03) por Amanda, o SBT não respondeu até o momento aos questionamentos feitos.

mauriciostycer


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