Xuxa Meneghel faz valer o peso da idolatria na ida para a Record

Muitas pessoas são admiradas por seus trabalhos. Quem se destaca em sua área começa naturalmente a agrupar admiradores que o acompanham (e que criticam também, claro). Tudo isso é elevado ao quadrado quando se tem como vitrine a TV aberta. E ao cubo quando a vida pessoal se mistura com a profissional na criação de um mito.

Xuxa Meneghel é uma das poucas pessoas que são chamadas de "rainha" sem nenhuma ironia ou exagero. É um título que, de fato, lhe compete. Estrela desde a TV Manchete, foi destaque na Globo por três da cinco décadas de história da emissora. Em paralelo a isso, namorou aqueles que possivelmente são os dois mais populares atletas do Brasil no século XX: Pelé e Ayrton Senna.

Já com Luciano Szafir, foi mãe de Sasha. O nascimento da garota rendeu na época impressionantes 10 minutos de cobertura no "Jornal Nacional". Há dois anos, o de George, herdeiro do trono britânico, não passou de 2.

E seus eventos seguem acompanhados não só pela mídia de celebridades. Há poucos meses, o "Bom Dia Brasil" e o "Jornal da Globo" mostraram matérias sobre o aniversário de sua fundação.

Nas novelas, é comum o Parabéns da Xuxa ser a versão tocada, até como forma de fugir dos caros direitos autorais da canção original.

É sabido que há vida fora da Globo. Ana Paula Padrão e Tom Cavalcante, por exemplo, passaram longe de qualquer decadência após abandonarem carreiras sólidas na emissora líder por novos projetos. Seguem sendo referências em suas áreas.

Mas Xuxa vai além de qualquer área. Se Padrão e Tom seguiram comentados quando colocados em evidência, a loira se apresenta no cotidiano até de forma mais sutil. Na última quinta-feira (5), quando ela estava na Barra Funda comemorando o acerto com a Record, a novelinha "Malhação" exibiu uma cena em que o personagem era confrontado pela namorada sobre como cuidava dos irmãos na infância. O diálogo? "Você colocava eles para assistir Xuxa enquanto saía para jogar futebol que eu sei".

Um dia depois, novamente Xuxa surgiu na tela da Globo. Foi graças a capa do jornal O Estado de S.Paulo, exibida durante o giro diário que o "Hora Um" faz com os principais periódicos brasileiros.

Na da Folha, o destaque foi ainda maior. Em meio a turbulência de notícias no cenário político e um dia depois de convocação da Seleção Brasileira, qual era a maior foto da capa? Sim, de Xuxa.

Detalhes assim que mostram o que ficou evidenciado com a grandiosa festa organizada pela Record para recepção da apresentadora. Com helicóptero acompanhando seu percurso, caravanas de fãs vindos de outros estados e cenário de coletiva melhor que o de muitos programas, ficou mostrada a idolatria que Xuxa gera. E que vai além da emissora que representa.

Por enquanto, a Record tem essa figura que desperta furor não somente no Brasil, mas em países como Argentina e Angola, o que pode representar até um interessante horizonte internacional, tal qual foi com Gugu para os portugueses.

Novos detalhes de veiculação, formatos e afins não são conhecidos, mas se vê o desejo das partes em que o negócio dê certo. Não como prova de nada para nenhum dos lados, mas simplesmente para que a união iniciada com o pé direito assim permaneça.

Natelinha

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