"I Love Paraisópolis" busca público com otimismo


Colorida, cheia de vida e esperançosa. Os adjetivos que cabem em qualquer conto de fadas são usados para descrever "I Love Paraisópolis", próxima novela das sete, que estreia no dia 9, pelos próprios autores: contando a história de duas jovens batalhadoras nascidas na comunidade paulistana, Alcides Nogueira e Mário Teixeira apostam nas mensagens positivas para fisgar o telespectador, que tem rejeitado temas com altas doses de realismo como prostituição e corrupção em "Babilônia".

"Nossa história tem um tom de romantismo, de comédia. Ela fala do mundo como deveria ser, não do mundo como ele é, porque às vezes ele é meio enfadonho", conta Teixeira.

O diretor de núcleo Wolf Maya ressalta que as duas tramas têm abordagens distintas e que os públicos de cada horário são diferentes, mas afirma que "Paraisópolis" quer mesmo passar outra mensagem: de fé, otimismo e coragem.

"Acho 'Babilônia' uma ótima novela, mas tem um horário diferente, é outro público. Aqui é exatamente o avesso, vamos ganhar, vamos ser felizes. O ser humano é essencialmente do bem, pode construir o bem. Falar um pouco do sonho me interessa muito. O brasileiro está machucado, desacreditado, levando muito porrada. A televisão é um bálsamo, o brasileiro quer uma companhia que acarinhe, que faça sorrir", analisa ele, que diz ter pedido para voltar para a faixa das 19h para conduzir uma trama mais leve, protagonizada por jovens.

Realização do sonho

Segundo Nogueira, o tom da história de Mari (Bruna Marquezine) e Danda (Tatá Werneck) tem mais a ver com as obras dos cineasta Frank Capra, diretor de longas como "A Felicidade Não Se Compra", e Billy Wilder, de comédias como "Quanto Mais Quente Melhor".

"Acho que o que o público gostaria de ver a realização do sonho, humor, afeto, ternura, relações verdadeiras", diz o autor, que já acompanha a reação dos telespectadores antes mesmo da estreia, pelos comentários do teaser divulgado pela emissora na internet. "Já existe uma identificação. A internet hoje virou esgoto do mau humor. Se eu brigo com o síndico do meu prédio, vou na rede social agora e desabafo. Mas o que é legal é perceber que as pessoas já estão comprando a ideia, já falam das cores, da alegria", afirma.

Até a abordagem da violência na trama terá um tratamento mais leve, mesmo por conta da classificação indicativa do horário. Grego (Caio Castro), por exemplo, que é chefe da comunidade, será retratado como um contraventor e não como um bandido sanguinário. "Me inspirei no 'Grease' para mostrar um bandido que tem um desmanche de carros roubados. É um cara sujeito a ser morto ou preso, mas que não tem essa verticalidade criminosa. É recuperável, não é um assassino", explica Maya.


UOL
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