"I Love Paraisópolis" busca público com otimismo
"Nossa história tem um tom de romantismo, de comédia. Ela fala do mundo como deveria ser, não do mundo como ele é, porque às vezes ele é meio enfadonho", conta Teixeira.
O diretor de núcleo Wolf Maya ressalta que as duas tramas têm abordagens distintas e que os públicos de cada horário são diferentes, mas afirma que "Paraisópolis" quer mesmo passar outra mensagem: de fé, otimismo e coragem.
"Acho 'Babilônia' uma ótima novela, mas tem um horário diferente, é outro público. Aqui é exatamente o avesso, vamos ganhar, vamos ser felizes. O ser humano é essencialmente do bem, pode construir o bem. Falar um pouco do sonho me interessa muito. O brasileiro está machucado, desacreditado, levando muito porrada. A televisão é um bálsamo, o brasileiro quer uma companhia que acarinhe, que faça sorrir", analisa ele, que diz ter pedido para voltar para a faixa das 19h para conduzir uma trama mais leve, protagonizada por jovens.
Realização do sonho
Segundo Nogueira, o tom da história de Mari (Bruna Marquezine) e Danda (Tatá Werneck) tem mais a ver com as obras dos cineasta Frank Capra, diretor de longas como "A Felicidade Não Se Compra", e Billy Wilder, de comédias como "Quanto Mais Quente Melhor".
"Acho que o que o público gostaria de ver a realização do sonho, humor, afeto, ternura, relações verdadeiras", diz o autor, que já acompanha a reação dos telespectadores antes mesmo da estreia, pelos comentários do teaser divulgado pela emissora na internet. "Já existe uma identificação. A internet hoje virou esgoto do mau humor. Se eu brigo com o síndico do meu prédio, vou na rede social agora e desabafo. Mas o que é legal é perceber que as pessoas já estão comprando a ideia, já falam das cores, da alegria", afirma.
Até a abordagem da violência na trama terá um tratamento mais leve, mesmo por conta da classificação indicativa do horário. Grego (Caio Castro), por exemplo, que é chefe da comunidade, será retratado como um contraventor e não como um bandido sanguinário. "Me inspirei no 'Grease' para mostrar um bandido que tem um desmanche de carros roubados. É um cara sujeito a ser morto ou preso, mas que não tem essa verticalidade criminosa. É recuperável, não é um assassino", explica Maya.
UOL
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