Novela diverte ao ridicularizar estrelismo dos artistas da Globo


A frase da egocêntrica e viciada em mídia Samantha

  (Claudia Raia) representa bem a metalinguagem aplicada

 pelo autor Daniel Ortiz na novela das 19h da Globo, Alto

 Astral.

 

A personagem, uma paranormal que se tornou charlatã após

 perder seus poderes de vidência, é usada para criticar de 

maneira irônica a obsessão por fama, a futilidade intrínseca 

às celebridades e até a empáfia da pseudo-superioridade 

dos globais.

 

Na trama, Samantha faz de tudo para conseguir uma notinha

 em jornal, uma capa de revista e aparecer na TV. Aliás, ela

 está obcecada em participar do programa de Ana Maria

 Braga.

 

A apresentadora é constantemente citada. Muitas vezes, em

 tom de menosprezo, já que Samantha se revolta por ainda

 não ter sido convidada a conceder entrevista para a estrela

 das manhãs da Globo.

 

Sentindo-se esnobada, a personagem diz que foi aos

 programas do Jô e do Faustão, e que um dia Ana Maria

  ainda surgirá rastejando para implorar a presença dela em 

sua atração. E ainda avisa que só aceitará ir à Globo se a 

 apresentadora mandar seu jatinho particular buscá-la.

 

“Ana Maria está com medo da concorrência. Ela sabe que eu

  vou chegar lá, arrasar, posso tomar o programa dela. O

 programa chama Mais Você. Eu sou mais eu. (…) Que ódio

 dessa mulher”, delira a golpista.

 

A escolha de Ana Maria como alvo da tresloucada 

paranormal não é aleatória. A apresentadora é amiga

 pessoal de Claudia Raia, e o novelista decidiu aproveitar

 esse laço afetivo para criar uma fictícia (e divertida) 

inimizade entre elas.

 

Em cena exibida no capítulo de sexta-feira (2), Samantha

 cutucou o esnobismo dos globais: “Eu que falo com o

 Cosmos sou assim, humilde. Eles que são normaizinhos, se

 acham?”

No próximo dia 13, Fátima Bernardes surgirá na novela. Ela

 recebe a paranormal em seu programa, o Encontro. A

 sequência foi gravada antes de a apresentadora sair de 

férias. Depois disso, Samantha ficará ainda mais obstinada 

em ser recebida por Ana Maria na Globo.

 

Além da autoironia em relação ao comportamento frívolo de

 alguns artistas, a personagem se destaca ainda pelo texto

 politicamente incorreto. Ela tem prazer em destratar seu

 cúmplice nas tramoias, o enfermeiro peruano Pepe 

(Conrado Caputo), a quem costuma chamar de “imigrante

 aproveitador”, “bichinha subnutrida” e “cucaracha alegre”.

 

Samantha Santana é, sem dúvida, uma das melhores

 personagens de Cláudia Raia em seus 30 anos na Globo.

 Essa crítica ao narcisismo de quem faz TV caiu como uma

 luva na atriz, especialista em personagens excêntricas.

 

Ela já teve sua fase exibicionista. Hoje mantém a intimidade 

sob controle, sem ser traída pela necessidade de gerar 

manchetes irrelevantes a cada selfie.

 

Fonte:diversão.terra

 

 

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