Elenco de ‘O Rei do Gado’, que volta à TV no ‘Vale a pena ver de novo’, relembra tramas
Após 19 anos de sua exibição original, “O Rei do Gado” retorna à tela da Globo depois de amanhã, no “Vale a pena ver de novo”. Sucesso de crítica e público, a obra de Benedito Ruy Barbosa foi escolhida como uma das atrações que a emissora exibirá em comemoração aos seus 50 anos. Antonio Fagundes, protagonista do folhetim, conta que, desde que o canal colocou as chamadas da novela no ar, tem sido parado para comentar a história de Bruno Mezenga, seu personagem:
— As pessoas estão enlouquecidas. Nas ruas, todo mundo quer falar comigo. E tem razão para isso. Foi uma obra que marcou. Além de cumprir o papel de entreter, “O Rei do Gado” discute assuntos importantes, como a questão da reforma agrária, de forma interessante. A história é bastante atual.
De acordo com o veterano, o clima nos bastidores do folhetim era excelente:
— Foi maravilhoso para todo mundo que fez a novela. O Ruy (Benedito Ruy Barbosa, autor) estava no auge de sua dramaturgia. Quando me convidaram, não tinha como recusar. Também reencontrei Stênio (Garcia, ator) em cena. Foi um presente, conta Fagundes, que pretende assistir à reprise.
Stênio Garcia, que fez o Zé do Araguaia, lembra com carinho o período na região do Rio Araguaia:
— Gravávamos nas margens do rio. Pude criar o personagem lá, convivendo com os pescadores, com as pessoas... Pude vivenciar a cultura local. Esse conhecimento todo favoreceu o trabalho.
Stênio destaca que o sucesso da trama não ficou restrito ao Brasil:
— Fui para Portugal e era uma loucura o sucesso de “O Rei do Gado” lá. Fazer um trabalho com essa repercussão agrada o ator.
Jackson Antunes era Regino, líder do Movimento dos Sem-Terra. O ator afirma que a trama contribuiu para a discussão do tema:
— Foi especial abordar a reforma agrária em horário nobre. Benedito mostrava a verdade de seus personagens, o ponto de vista deles, sem tomar partido. Isso permitia que o público refletisse.
Relação delicada
A violência contra a mulher ganhou voz na novela através da personagem Léia, interpretada por Sílvia Pfeifer. Na trama, ela vivia um casamento fracassado com Bruno Mezenga e mantinha uma relação extraconjugal com Ralf (Oscar Magrini). O relacionamento conturbado com o amante garantia cenas de sexo e de violência.
— Eu sentia a força da personagem através do público. Não era um papel grande no início, mas acabou se tornando. Magrini foi um parceirão. Não tínhamos apenas cenas quentes, mas muitas de agressão. Foi uma novela cheia de elementos para a gente trabalhar e isso para o ator é maravilhoso, relembra Sílvia, que, na época, mudou o visual para a trama: Luiz Fernando (Carvalho, diretor) veio com a proposta e achei genial. Queriam que eu usasse peruca, mas não quis. Cortei e pintei mesmo. Isso ajudava a me ver de forma diferente. Foi ótimo.
Apesar do polêmico personagem, Oscar Magrini conquistou o público e ganhou sobrevida na trama.
— Era um cafetão que batia em mulher, mas todo mundo gostava dele. Ele morreria no capítulo 30, mas isso só foi acontecer lá pelo 125. Virou uma loteria nos bastidores para saber quando eu ia morrer (risos). Tomei muitas cantadas. Só eu sei o que escutei, conta o ator.
Veja abaixo como estão alguns dos atores de "O rei do gado":
Fonte:extra.globo
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